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Coronel Fabriciano, 24 de novembro de 2024
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O sepultamento do arcebispo emérito de Mariana (MG), dom Geraldo Lyrio Rocha, está marcado para sábado, 29 de julho. O corpo será enterrado na cripta da catedral basílica de Mariana logo após a missa das Exéquias, marcada para às 15h, com transmissão pelas redes sociais da arquidiocese de Mariana e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O Corpo do arcebispo emérito chegará ao Santuário de Nossa Senhora do Carmo, em Mariana, por volta das 21h, para missa e o início do velório. Já neste sábado (29), serão celebradas outras duas missas, às 7h e às 10h. O translado do corpo sairá do santuário para catedral basílica, às 14h.
Dom Geraldo Lyrio, que presidiu a CNBB entre 2007 e 2011, morreu na madrugada de quarta-feira, 26, em Altamira (PA), onde estava para pregar um retiro aos padres da diocese de Xingu-Altamira. Ele sofreu uma queda no domingo, fraturou o fêmur e precisou ser hospitalizado, mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.
O corpo do arcebispo emérito foi velado em Colatina e em Vitória (ES), cidades onde ele foi bispo e arcebispo. Nesta quinta-feira, a missa de corpo presente, das 14h, na catedral metropolitana de Vitória foi presidida pelo arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, e concelebrada pelo secretário-geral da conferência, dom Ricardo Hoepers, e pelos bispos do regional Leste 3 da CNBB.
Na homilia, dom Jaime lembrou com carinho de um retiro que pregou há anos para o clero de Mariana e a conversa que teve com dom Geraldo antes de começar a pregação. Após o convite de dom Geraldo, dom Jaime disse que foi para Mariana com os joelhos tremendo, porque sempre ouviu dizer que a diocese tinha o ‘clero”.
“Quando eu cheguei na sala do retiro, quem eu encontro sentado na minha frente, com um caderninho na mão e caneta? Eu disse: meu Deus! Esses dias vão ser difíceis, dom Geraldo. Eu dizia três palavras, ele anotava uma. Eu disse Jesus amado. E lá pelas tantas. E aí vem algo que vale para todos nós, viu? Pais, mães de família, jovens, consagrados, padres, diáconos, nós bispos, também seminaristas. Durante o retiro, eu usei uma expressão. Que cada vez que ele me encontrava, ele me cutucava. Eu disse assim: ‘quando nós gostamos do que somos e amamos o que fazemos, não há o que Temer’”.
Dom Jaime disse que a frase marcou tanto o retiro que dois dias depois recebeu uma ligação de dom Geraldo perguntando da onde ele havia retirado a expressão. Na ligação, dom Jaime disse não se lembrar, mas que era um jogo de palavras. Ainda na homilia, o presidente da CNBB refez a reflexão pra testemunhar o quanto o arcebispo emérito de Mariana amava ser um servo de Deus.
“Quando nós gostamos do que somos e amamos o que fazemos, seja como pai, seja como mãe, consagrado, consagrada, ministro ordenado. Eu gostaria de deixar esse testemunho. E dom Geraldo foi um homem que gostava do que fazia, do que era e amava esse jeito de ser”, disse dom Jaime.
O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, destacou que a celebração foi um momento importante de comunhão eclesial e que ao lado do arcebispo de Vitória, dom Dario Campos, e do bispo auxiliar, Andherson Franklin Lustoza de Souza, concelebraram com a presença de muitos sacerdotes e fieis.
Dom Ricardo citou uma reflexão da homilia do presidente da CNBB. “Dom Jaime citou três verbos para expressar o nosso sentimento em relação a dom Geraldo: agradecer pelo dom de sua vida, esperançar pelo seu testemunho e rezar como ele que era um homem de grande espiritualidade. Dom Jaime também deu uma palavra de alento para a família presente e todos os fieis”, disse.
Os parentes de dom Geraldo permaneceram na Catedral o dia todo e as autoridades e amigos passaram para despedir e participar das celebrações.
Acompanhe a íntegra da missa:
Acompanhe a íntegra da missa desta quinta-feira na Catedral de Vitória (ES)
Foto de capa: reprodução transmissão arquidiocese de Vitória
CNBB