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Coronel Fabriciano, 24 de novembro de 2024
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O avião tendo a bordo Francisco aterrissou no Aeroporto Internacional Chinggis Khaan, na capital Ulan Bator, às 9h51, horário local, seis horas à frente da Itália, 11 horas à frente do Brasil. Cerimônia de acolhida sóbria entre aplausos e presentes. No sábado, 2 de setembro, o início das atividades públicas.
Salvatore Cernuzio – Ulan Bator
Uma brisa leve amenizava o forte calor na chegada do Papa Francisco ao Aeroporto Internacional de Ulan Bator, capital da Mongólia onde o Pontífice desembarcou às 9h51 (hora local) e até o dia 4 de setembro participa de encontros e preside uma Celebração Eucarística para o pequeno rebanho local. É a primeira viagem de um Pontífice a esta terra da Ásia Central, como já foi mencionado nos últimos dias e repetido pelas rádios e televisões locais que sublinham o carácter “histórico” da visita.
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As informações da mídia chegam em um ciclo contínuo e aumentam a curiosidade da parte não católica da população, portanto majoritária, principalmente budista tibetana, pela chegada de um “personagem” de fama mundial. Nas ruas da cidade é difícil encontrar faixas e cartazes como em outras viagens internacionais do Pontífice, muito menos multidões.
É uma acolhida sóbria aquela reservada ao Papa, mas com um profundo sentido de gratidão, especialmente por parte do “pequeno rebanho” católico: “como para com um familiar querido que sabes que vai visitar a tua casa”, dizem alguns Missionários da Consolata.
Mesmo no Aeroporto Internacional Chinggis Khan, o silêncio parece reinar após a chegada do Papa, silêncio sobre o qual o próprio Papa nos convidou a refletir durante o voo vindo de Roma, com palavras que o jovem cardeal Giorgio Marengo – prefeito apostólico de Ulaanbaatar, na primeira fila para as boas-vindas no aeroporto – diz ter apreciado muito.
Por volta das 10h, o A330 da ITA Airways estacionou na pista. O encarregado de negócios da Nunciatura Apostólica, monsenhor Fernando Duarte Barros Reis, e o chefe do protocolo embarcaram na aeronave pela escadaria frontal para cumprimentar o Papa, que posteriormente desceu de elevador. Ao pé da escada principal, o aguardava a ministra do Exterior, Sra. Batmunkh Battsetseg. Na Mongólia, quem ocupa este cargo é encarregado de receber os Chefes de Estado estrangeiros.
Outra mulher, uma jovem vestida com um dil vermelho (é o vestido nacional em seda e algodão), ofereceu ao Papa uma xícara de iogurte seco, prato tradicional local de sabor azedo produzido com leite de iaque, um dos animais mais comuns, juntamente com vacas, cabras e cavalos. O Papa tocou o copo com a mão e depois pegou um pedaço de iogurte.
Não houve discursos, mas apenas a Guarda de Honra com os soldados nos tradicionais uniformes vermelho, azul e amarelo (cores da bandeira mongol) e as saudações das respectivas delegações. Presente também dom José Luis Mumbiela Sierra, bispo da Diocese da Santíssima Trindade de Almaty, na qualidade de presidente da Conferência Episcopal da Ásia Central.
O Papa e a ministra dirigiram-se então à Sala VIP para uma breve conversa. No final, o deslocamento de carro para a Prefeitura Apostólica de Ulaanbaatar, ao sul da cidade, no distrito de Khan Uul, uma das principais zonas industriais da região. Ao chegar à Prefeitura, o Papa foi recebido por um grupo de idosos e doentes, depois algumas crianças o cumprimentaram na entrada e lhe ofereceram flores.
Neste prédio de tijolos laranja de quatro andares, onde nos últimos dias foi afixada uma faixa azul de boas-vindas, Jorge Mario Bergoglio residirá durante sua estadia na Mongólia.
A cerimônia oficial de boas-vindas terá lugar na manhã de sábado, 2 de setembro, na praça Sukhbaatar, onde se encontra o Palácio do Estado e onde se realizará o encontro com as autoridades civis, primeiro compromisso oficial e público da viagem do Papa Francisco.
Vatican News