Seja bem-vindo!
•
Coronel Fabriciano, 05 de outubro de 2024
•
Siga nossas Redes Sociais
A coletiva de Imprensa do oitavo dia da 60ª Assembleia Geral da CNBB, que acontece em Aparecida (SP), contou com a partilha do bispo da diocese de Rondonópolis-Guiratinga (MT), dom Maurício Jardim; do bispo da diocese de Floresta (PE) e membro da Comissão Episcopal para o Laicato e referencial para as CEBs, dom Gabriel Marchesi; e do bispo emérito de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ) e presidente da Comissão Especial para os Bispos Eméritos, dom Francisco Biasin, para falar sobre o 15º Intereclesial das CEBs e sobre a atuação dos bispos eméritos.
Dom Mauricio partilhou que a expectativa é grande com a proximidade do 15º Intereclesial das CEBs. “São cinco anos desde que a diocese de Rondonópolis-Guiratinga foi escolhida para sediar este 15º Encontro das Comunidades Eclesiais de Base. O ano de 2023 é o da vivência, da celebração, e as inscrições estão encerradas”.
O encontro acontece de 18 a 22 de julho de 2023, em Rondonópolis (MT), com o tema “CEBs: Igreja em saída em busca de vida plena para todos e todas” e o lema “Vejam! Eu vou criar um novo céu e uma nova terra”.
Para dom Maurício, as CEBs caminha lado a lado com a Igreja em uma “caminhada que iniciou em 1975, em Vitória (ES). Os encontros nacionais são importantes para animar e fortalecer essa caminhada, que deve ser alinhada com o Papa Francisco na busca por uma Igreja Missionária, em saída”.
Dom Gabriel partilhou que este ano a contribuição das comunidades será fundamental e a reflexão será feita junto com os seus representantes. “A intenção é que o Intereclesial seja uma oficina de fé e de missionariedade, na assunção sinodal de um compromisso em favor de vida plena para todos e todas como filhos e filhas do mesmo Pai e irmãos e irmãs entre nós. A base das reflexões virá da contribuição das comunidades que já estão trabalhando”.
Segundo dom Gabriel, o 15º Intereclesial da CEBs tem como diferencial a perspectiva de envolver a base, não somente no abraço da solidariedade ou na escuta das suas dificuldades, mas também na responsabilidade da construção da Igreja e no desenvolvimento da sua missão.
“Nosso símbolo é o trem e a viagem continua e nos ajuda a plasmar a nossa identidade, no constante confronto com a Palavra de Deus, nas celebrações, na escuta de tantos homens e mulheres companheiros no caminho da vida, no compromisso em favor da vida plena que se faz dignidade e justiça para todos. Cada estação é uma ocasião para nos tornarmos mais plenamente discípulos missionários de Jesus”, ressalta ele.
Após as falas de dom Maurício e de dom Gabriel, o bispo emérito de Barra do Piraí (RJ) e presidente da Comissão Especial para os Bispos Eméritos, dom Francisco Biasin, partilhou com os presentes sobre o papel e a atuação dos eméritos.
Para dom Biasin, é importante ressaltar que um bispo se tornar emérito não quer dizer que ele está aposentado. O bispo permanece sempre bispo e não deixa o trabalho por limite de idade. Somente deixa de ter as obrigações de gerir uma diocese, mas continua servindo à Igreja de um modo diferente, “com generosa disponibilidade, na plena consciência que a grandeza do bispo é sobretudo ser sucessor dos apóstolos e ter recebido o dom da plenitude do sacerdócio de Jesus Cristo”.
Dom Biasin lembra que o título de emérito não é algo formal e não há rompimento de vínculo com a diocese a que ele pertence. “A emeritude do bispo e equiparados implica na aquisição de uma espécie de nova missão ordenada ao bem da Igreja”.
Segundo ele, emérito é uma pessoa que se distingue pelos serviços prestados. Não é um título de honra ou que premia, mas é um reconhecimento que o bispo prestou um serviço dentro da Igreja, que ele se distinguiu.
O Papa Francisco costuma, em suas falas, exaltar a importância de se olhar, valorizar e se valer da experiência e da sabedoria dos idosos. Para dom Biasin, “é importante valorizar os anciãos na Igreja para que sintam que, também na velhice, podem dar frutos. Eles não estão esperando que o tempo passe. Muitos estão engajados, a serviço, então por que não valorizar esses dons nas paróquias ou dioceses, para que se sintam úteis? A maioria só quer servir”.
Por Vanuza Wistuba (Pastoral da Criança) - Comunicação 60ª AG CNBB
CNBB