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Coronel Fabriciano, 22 de novembro de 2024
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A Festa da Sagrada Família é celebrada no domingo seguinte ao Natal, na Oitava do Natal. Nesse ano como o Natal caiu em um domingo, a Festa será celebrada nessa sexta-feira, 30.
Segundo o bispo de Erexim (RS), dom Adimir Antonio Mazali, a tradição de se celebrar a data é muito antiga: “Essa festa vai além do século XVII e surgiu para exaltar a Sagrada Família como um modelo de vida familiar para todas as famílias cristãs, destacando-se dela as suas virtudes de simplicidade, amor, humildade, dedicação um ao outro, trabalho e tantas outras, particularmente sua vida de fé e fidelidade à vontade de Deus”.
É na família que aprendemos a viver em sociedade, partilhando as mesmas esperanças e as mesmas angústias. É na família que encontramos a nossa identidade, a nossa verdade e esta verdade nos liberta. Não escolhemos nossas famílias, por isso devemos amá-las como dom de Deus concedido a cada um de nós.
Por esta razão, com a Igreja, celebrando esta Festa da Sagrada Família de Nazaré, queremos pedir sua intercessão por nossas famílias, com suas alegrias, esperanças e também seus limites e inseguranças, de modo particular neste tempo de pandemia, para que em nosso meio reinem as virtudes e atitudes vividas no Lar de Nazaré”, disse o bispo.
Na liturgia do dia são encontrados elementos importantes e práticos para a vida familiar. A 1ª Leitura do Livro do Eclesiástico, no capítulo 3, apresenta algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais. Refere-se de forma direta ao cumprimento do 4º mandamento da Lei de Deus; “Honrar pai e mãe”, que significa uma atitude de respeito e gratidão aos pais.
A 2ª leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses, capítulo 3, também acentua a dimensão do amor para a vida cristã, convidando a revestir-nos “de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência” e, sobretudo diz: “amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição”.
E o Evangelho de Lucas no capítulo 2,22 ss., mostra a cena de uma família, a família de Nazaré que acolhe e vive segundo a Palavra de Deus, consagrando suas vidas na confiança que depositam no Senhor. Encontra-se nesta passagem a figura dos anciãos Simeão e Ana que têm olhar particular voltado profeticamente ao futuro, capazes de perceber e compreender os sinais de Deus como uma presença libertadora no meio dos homens. Em Jesus encontra-se a libertação.
Jesus, Maria e José,
em Vós contemplamos
o esplendor do verdadeiro amor,
confiantes, a Vós nos consagramos.
Sagrada Família de Nazaré,
tornai também as nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
autênticas escolas do Evangelho
e pequenas igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré,
que nunca mais haja nas famílias
episódios de violência, de fechamento e divisão;
e quem tiver sido ferido ou escandalizado
seja rapidamente consolado e curado.
Sagrada Família de Nazaré,
fazei que todos nos tornemos conscientes
do carácter sagrado e inviolável da família,
da sua beleza no projecto de Deus.
Jesus, Maria e José,
ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.
Amém
(Papa Francisco, Amoris Laetitia, 325)
Fonte: CNBB