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Coronel Fabriciano, 02 de dezembro de 2024
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A Missa com Laudes da sexta-feira, 12 de abril, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, durante a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), fez memória dos bispos falecidos desde a última assembleia geral de 2023. A celebração foi presidida pelo arcebispo de Londrina (PR), dom Geremias Steinmetz, e concelebrada pelo arcebispo de Mariana (MG), dom Airton José dos Santos, e o bispo de Duque de Caxias (RJ), dom Tarcísio Nascentes dos Santos.
Refletindo sobre a importância de lembrar aqueles que contribuíram significativamente para a missão da Igreja, dom Steinmetz ressaltou: “É um dever para nós, mas é também uma honra, uma alegria, pois são pessoas que até a Assembleia Geral de 2023 caminhavam conosco.” Ele enfatizou ainda que os ensinamentos e obras dos bispos falecidos continuam a ser parte do patrimônio testemunhal, metodológico, espiritual, profético e espiritual da Igreja.
Dom Steinmetz, na homilia destacou a passagem do Evangelho de São João (Jo 6,1-15), na qual Jesus multiplica os pães para alimentar a multidão faminta e enfatizou a importância “refletir sobre a força dos pequenos, do pouco de cada um para que não falte nada para ninguém” seguindo o exemplo do Reino de Deus.
Em memória dos bispos falecidos, dom Steinmetz citou os nomes e relembrou suas contribuições pastorais e pediu que, do lugar onde estão, intercedem para que a Igreja no Brasil seja fiel aos ensinamentos do Senhor Ressuscitado:
Destacando a vida e obra do cardeal dom Geraldo Magella Agnello, dom Steinmetz ressaltou seu papel na criação da Pastoral da Criança no Brasil, em 1983, ao lado da médica Zilda Arns. “Certamente um projeto inspirado pelo espírito”, afirmou o arcebispo, ressaltando a importância de projetos que unem o Evangelho à prática social.
Ao finalizar a homilia, dom Geremias conclamou os fiéis a seguirem os passos dos bispos falecidos, trabalhando incansavelmente pela vida e pela justiça. “Que eles, do lugar onde se encontram, intercedam para que nós sejamos sempre mais fiéis discípulos do Senhor Ressuscitado”, concluiu o arcebispo.
Nascido em Juiz de Fora, é o terceiro de oito filhos de Antônio Agnelo e sua esposa, Silvia Spagnolo Agnelo. Iniciou seus estudos aos 12 anos, no Seminário Menor Diocesano Santo Antônio. Doutorado em Teologia com ênfase em Liturgia (Pontifício Ateneu Santo Anselmo). Graduação em Teologia e Filosofia (São Paulo, Seminário Central, Ipiranga, 1951-1957).
Em 29 de junho de 1957 foi ordenado presbítero, na Catedral Metropolitana de São Paulo. Em 5 de maio de 1978, aos 44 anos, foi eleito bispo de Toledo, no Paraná, sendo ordenado em 6 de agosto de 1978 por Dom Paulo Evaristo Arns.
Em 4 de outubro de 1982, é eleito Arcebispo de Londrina. Em 16 de setembro de 1991 é designado Secretário da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, na Cúria Romana. Em 13 de janeiro de 1999, é transferido para a Sé de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil.
Presidente da Comissão Litúrgica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB (1983-1987); Vice-presidente do Regional Sul 2 da CNBB; Membro da Comissão Episcopal de Pastoral da CNBB; 2º Vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) (1999); Foi criado cardeal-presbítero da Santa Igreja pelo Papa João Paulo II no consistório de 21 de fevereiro de 2001. Como cardeal foi: Presidente da CNBB (2003-2007); Um dos três presidentes da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe realizada em Aparecida. Completou 75 anos em 2008, quando, por motivo de idade, pediu renúncia à Santa Sé. Seu lema foi «A caridade com a fé». Com a saúde agravada desde dezembro de 2022 devido a um acidente vascular cerebral (AVC), estava em internação domiciliar em Londrina, onde faleceu aos 89 anos.
Dom Geremias Steinmetz fez um destaque que, em 1983, dom Magela teve papel de destaque na criação da Pastoral da Criança no Brasil, ao lado da médica sanitarista Zilda Arns, em Florestópolis, Arquidiocese de Londrina.
“Imagino que estava numa situação como a de Jesus no Evangelho que ouvimos. Viu aquela multidão de famílias, com extremas dificuldades para sobreviver, numa cidade pequena do Norte Paranaense, onde tinha uma das maiores taxas de mortalidade infantil da época. Com esta percepção e com a ajuda das muitas pessoas certas, salvou milhares de vidas de crianças. Um Projeto que se espalhou por todo o país e por outros países para salvar vidas. Certamente um projeto inspirado pelo espírito. Bem ao estilo da Gaudium et Spes, que provoca para um diálogo fecundo entre o Evangelho e o mundo, a sociedade, a ciência, a tecnologia. Sempre objetivando a construção do Reino. Hoje temos mais presente a questão da sinodalidade. Pois estamos falando disso mesmo: precisamos iluminar a nossa pastoral com novas metodologias, novas criatividades”, descreveu dom Geremias.
Com colaboração Jaison Alves (Sul 4) - Comunicação da 61ª AG CNBB.