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Coronel Fabriciano, 09 de outubro de 2024
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“Preparar-se para o Jubileu de 2025, retomando em mãos os textos fundamentais do Concílio Ecumênico Vaticano II”. Este é o “compromisso” que o Papa pede a todos os crentes “como um momento de crescimento na fé”. Francisco escreve isto na introdução ao primeiro de 34 pequenos volumes, publicados pelas edições Shalom, intitulado “Jubileu de 2025 – Cadernos do Concílio”.
A iniciativa é do Dicastério para a Evangelização em preparação para a abertura do Ano Santo, baseada no pedido do Papa de dedicar 2023 à redescoberta das quatro sessões do Concílio Vaticano II, que sessenta anos atrás “permitiu que a Igreja rejuvenescesse seu rosto e se apresentasse novamente ao mundo como portadora de uma Mensagem que transcende todas as fronteiras”, escreve o Papa.
“O Evangelho de Jesus Cristo, de fato, é uma proclamação tão universal que não pode encontrar limites”.
O Vaticano II, em suas quatro Constituições, afirma o Papa Francisco, “marcou um novo desenvolvimento no ensinamento bimilenar da Igreja, permitindo que o futuro pudesse ser iluminado pela profundidade e intensidade deste magistério”. “É hora de redescobrir a beleza desse ensinamento, que ainda hoje provoca a fé dos cristãos e os chama a serem mais responsáveis e presentes na oferta da sua própria contribuição para o crescimento de toda a humanidade”, sublinhou o Bispo de Roma.
Em seguida, ele citou as palavras de Paulo VI em sua homilia na sétima sessão do Concílio: “A Igreja vive! A prova está aqui; está aqui ao seu alento; a sua voz, o seu canto. A Igreja vive! […] A Igreja pensa, a Igreja fala, a Igreja reza, a Igreja cresce, a Igreja continua a edificar-se. […] A Igreja vem de Cristo e vai para Cristo, e estes são os seus passos, isto é, os atos com que se aperfeiçoa, se confirma, se desenvolve, se renova, se santifica. Todo esse esforço perfectivo da Igreja, não é outra coisa, se bem se atende, que uma expressão de amor a Cristo nosso Senhor”.
São palavras que “hoje nos impulsionam a considerar a importância do ensinamento conciliar”, escreve o Papa Francisco. “Retomar esses textos em nossas mãos é um sinal da vivacidade e da fecundidade da Igreja; a renovação das comunidades e o compromisso de conversão pastoral passam necessariamente de fazer nossa a lição do Concílio Vaticano II”.
Por fim, o Pontífice enumerou as “etapas fundamentais” a serem percorridas “para que a Igreja saiba e demonstre estar viva, para se renovar e se aperfeiçoar em seu caminho de santificação”. Ou seja, “a centralidade da Palavra de Deus, fundamento da revelação cristã; a renovação da liturgia, expressão do serviço sacerdotal de todos os batizados; a consciência de ser o Povo de Deus a caminho da Jerusalém celeste; a necessidade de compartilhar as alegrias e as esperanças de toda a humanidade e sobretudo dos pobres”.
O convite a todos os cristãos, especialmente aos jovens, é de ler e aprofundar estes “ágeis e eficazes subsídios”, que repassam os temas fundamentais das quatro Constituições conciliares, para que possam dar “bons frutos para a renovação das nossas comunidades”. O Papa confia-os em particular aos bispos, sacerdotes, catequistas e famílias, “para que possam encontrar formas mais adequadas de tornar atual o ensinamento dos Padres conciliares, na perspectiva do próximo Jubileu de 2025”.
CNBB